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Se você tem o hábito de consumir alimentos orgânicos, já deve estar careca de saber que em grandes centros urbanos eles podem custar bem mais caro do que os alimentos tradicionais. Mas por quê?
Os orgânicos são produzidos em menor escala e, por isso mesmo, há tantos problemas de distribuição: como não oferecem vantagem competitiva na quantidade, os atravessadores ganham no preço do produto.
Para minimizar essa questão, já existem algumas alternativas nas cidades que oferecem alimentos orgânicos a preços mais acessíveis – como mercados especializados e feiras orgânicas -, ao proporcionar ao produtor e ao consumidor a oportunidade de fazer suas trocas de forma mais justa.
Outra alternativa bastante interessante é a distribuição de cestas orgânicas nos municípios, vindas diretamente dos produtores. Há alguns anos, eram pouquíssimos os agricultores que faziam isso. No entanto, com o aumento da demanda por produtos frescos e orgânicos, as entregas diretas se tornaram mais viáveis.
Apesar das boas notícias, é bem verdade que ainda não são todos os produtos que conseguem chegar ao consumidor final com valores acessíveis – sem prejudicar o produtor orgânico, que em geral é pequeno e regional. Também não são todos que conseguem se estruturar para atender à demanda das cidades.
É neste contexto que surge o Comida da Gente. Trata-se de uma rede social que busca aproximar produtores e consumidores e, assim, trazer comida de verdade para a mesa das casas localizadas nos grandes centros urbanos. A ideia é conectar pessoas interessadas para que comprem, coletivamente, alimentos orgânicos – como frutas e verduras frescos, azeites e queijos – e até artesanato.
Confira, abaixo, o vídeo que explica a iniciativa.
A ideia já se espalhou pelas principais capitais do Brasil. Não é para menos! Além de diminuir os entraves (e as distâncias) entre campo e a cidade, o Comida da Gente aproxima pessoas com interesses comuns e faz com que todos trabalhem em rede: é a cidade se regenerando.