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Mais da metade dos lares brasileiros vivem atualmente em situação de insegurança alimentar, segundo dados da Rede Penssan. Ou seja, são mais de 106 milhões de pessoas que não fazem ideia se vão ter o que comer nos próximos dias. Para combater essa triste realidade, na cidade de Sete Lagoas, em Minas Gerais, 24 quilômetros de hortas comunitárias estão ajudando a população a vencer a fome.
A iniciativa, coordenada pela prefeitura do município, já existe há 40 anos e foi criada para oferecer oportunidade de renda a moradores da região que têm o desejo de trabalhar com agricultura urbana. Os interessados se inscrevem no CRAS, o Centro de Assistência Social da cidade, e então são selecionados, treinados e encaminhados para trabalhar no trecho da horta comunitária mais próximo de sua casa.
O espaço cultiva legumes e hortaliças orgânicos que são destinados às escolas públicas da cidade, contribuindo para que ofereçam uma merenda cada vez mais saudável às crianças. O excedente é dividido entre os hortelões, que também ganham salário fixo para trabalhar na iniciativa. Segundo a prefeitura de Sete Lagoas, cerca de 320 famílias da região se sustentam graças ao projeto.
Com o aumento da fome, no entanto, as hortas acumularam uma nova função social: cultivam também alimentos para as organizações da sociedade civil que preparam marmitas para distribuir a famílias que sofrem com a insegurança alimentar.
A ajuda garante que as instituições ganhem fôlego para ampliar sua atuação e ajudar cada vez mais gente. Segundo a prefeitura de Sete Lagoas, cerca de 800 pessoas são, atualmente, beneficiadas pelas marmitas preparadas com alimentos cultivados na horta comunitária da cidade.
Por um Brasil com cada vez mais hortas e menos fome!