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Quando o assunto é economia de energia, ares-condicionados, definitivamente, estão fora de pauta. O equipamento é um dos maiores consumidores de eletricidade que existe, ficando pau a pau com os chuveiros elétricos – com a diferença de que esses ficam ligados por muito menos tempo.
Atento a isso, na cidade de Toronto, no Canadá, o governo decidiu investir em um sistema de resfriamento natural, que utiliza a água fria de um lago para refrescar os ambientes. A construção iniciou em 2004 e deixou muita gente com a pulga atrás da orelha, mas deu certo!
Após um investimento de $ 170 milhões – que, segundo o governo, se pagou em poucos anos -, Toronto possui atualmente o maior sistema de resfriamento por lago do mundo e, graças a ele, consegue economizar quase $ 4 milhões por ano em energia – o equivalente a cerca de R$ 17 milhões –, além de reduzir consideravelmente suas emissões de gases de efeito estufa.
Embora a instalação do projeto tenha sido complexa, seu funcionamento é simples: por meio de canos, o Deep Lake Water Cooling Project faz a água das profundezas do Lago Ontário viajar até torres de resfriamento instaladas atualmente em mais de 100 prédios da cidade. Ao passar nas tubulações, a água – que, no geral, tem temperatura de 4º C – garante conforto térmico aos ambientes no calor e, cumprida sua missão, segue viagem pelos canos de volta às profundezas do Lago Ontário.
Parece loucura? A técnica já é usada (com sucesso!) na prefeitura de Toronto, no Hospital Geral da cidade e em dezenas de estabelecimentos comerciais, como bares e hotéis, que pagam pelo serviço. O projeto foi, inclusive, apresentado ao mundo como exemplo de iniciativa que ajuda no combate às alterações do clima nas cidades numa COP, a Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas.
Será que os dias dos ares-condicionados estão contados? Em Toronto, pelo menos, eles tendem a ter cada vez menos espaço, já que a prefeitura já estuda maneiras de expandir cada vez mais o Deep Lake Water Cooling Project.
