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O Brasil é o maior importador de agrotóxicos do planeta e permite o consumo de pelo menos 14 tipos de substâncias que já são proibidas no mundo, por oferecerem comprovados riscos à saúde humana. Só em 2013 foram consumidos um bilhão de litros de veneno pela população, o que representa um mercado ascendente de R$ 8 bilhões.
Na lista de “proibidos no exterior e ainda em uso no Brasil” estão Tricolfon, Cihexatina, Abamectina, Acefato, Carbofuran, Forato, Fosmete, Lactofen, Parationa Metílica e Thiram. Sem contar as substâncias que já foram proibidas por Lei – por estarem ligadas ao desenvolvimento de câncer e outras doenças de fundo neurológico, hepático, respiratório, renal ou genético -, mas que continuam em uso nas fazendas brasileiras por falta de fiscalização.
“São lixos tóxicos na União Europeia e nos Estados Unidos. O Brasil lamentavelmente os aceita”, disse a toxicologista Márcia Sarpa de Campos Mello, da Unidade técnica de Exposição Ocupacional e Ambiental do Instituto Nacional do Câncer, em entrevista ao portal de notícias IG.
Ela explica que o perigo de contaminação está na ingestão desses alimentos, mas também no ar, na água e na terra, o que torna o problema ainda mais grave. Produtos primários e secundários que fazem parte de nossa cadeia alimentar representam grande risco de contaminação.
Pesquisadores da Universidade Federal do Mato Grosso analisaram 62 amostras de leite materno e encontraram, em 44% delas, vestígios de um agrotóxico já banido, chamado Endosulfan, conhecido por prejudicar os sistemas reprodutivo e endócrino. Além disso, também foram identificados outros venenos, ainda não banidos — é o caso do DDE, versão modificada do potente DDT, presente em 100% dos casos.
Nesta mesma pesquisa, conduzida pelo professor Wanderlei Pignati, concluiu-se que em um espaço de dez anos os casos de câncer por 10 mil habitantes saltaram de 3 para 40. Além disso, os problemas de malformação por mil recém nascidos saltaram de 5 para 20. Assustador, para dizer o mínimo!
Foto: Flávio Costa/Creative Commons
36 Comments
Mestry Badahra
Infelizmente não existe interesse dos que poderiam GRITAR contra este tipo de absurdo, que há muitos anos vem Matando e aleijando a nossa População.
Tem uma Cidade aqui no Espirito Santo (lavouras de café) que o número de Crianças com Problemas Mentais é alarmante, e Câncer de pele é altíssimo… Só Tem uma maneira de se BARRAR este CRIME, é MOBILIZAR a população para Exigir, que os que estão se Beneficiando, com a importação e aplicação desta desgraça seja definitivamente ENCERRADA…
Mestry Badahra
Pâmela
Concordo!
Pedro Guilherme Lemes
Já parei no primeiro parágrafo. O Brasil é importador? Até onde eu sei muitos dos inseticidas são produzidos aqui mesmo. Foi consumido? Não foi consumido, foi usado, tem carência e tudo mais. O que chega ao consumidor não é nem uma fração disso. O DDT não foi banido??? “O DDT teve sua retirada do mercado em duas etapas: em 1985, teve sua autorização cancelada para uso agrícola; e em 1998, foi proibido para uso em campanhas de saúde pública”. O Brasil está na convenção de estocolmo, e que eu saiba todos agrotóxicos proibidos mundialmente são proibidos aqui também, se tiver excessões, são justificadas. É tanta bobagem e falta de pesquisar desse blog que não sei por onde começar.
Jéssica Miwa
Olá Pedro, tudo bem? Obrigada por seu comentário! Vou tentar esclarecer alguns pontos abaixo.
O Brasil se tornou o maior importador de agrotóxico em 2012. Uma rápida pesquisa no Google e você encontrará diversas referências a este assunto.
Quando utilizamos o termo consumir, não estamos querendo dizer ingerir. O Brasil utiliza agrotóxicos em seus cultivos e isso é um consumo.
A convenção de Estocolmo prevê a proibição de 23 agrotóxicos e não são os citados no post (segundo parágrafo). Outros países continuam estudando e banindo susbstâncias que fazem mal para a população, coisa que o Brasil deveria fazer, independente da convenção.
A convenção inclui o Endosulfan, que é citado no texto como já banido, mas encontrado em pesquisas acadêmicas no leite materno de 44% das amostras. Ou seja, banido na teoria, utilizado na prática.
Você tem razão, não foi DDT encontrado em 100% das amostras, mas o DDE (uma variação do DDT). Obrigada por sua observação, o post já foi atualizado!
ilda
vamos continuar divulgando
Pedro Galveas
Parabéns Guilherme. É preciso alguém bater de frente com estes alarmistas desinformados.
Henrique
Que tonto.
miriam palazzo
alarmistas? você deve estar brincando! Não pode ser tão desinformado!
paulo borges
Acho didícil comentar um artigo cuja leitura parou no primeiro parágrafo
Walter Regis
Ve-se que o senhor de fato sabe muito pouco a respeito de agrotóxicos. Espero que não seja vendedor de venenos!
Walter Regis
Sr. Guilherme, veja na ANVISA
fonte: http://www.dw.com.br
Uma lista extensa de agrotóxicos utilizados na agricultura brasileira é proibida na União Europeia (UE) e nos Estados Unidos. Além disso, o Brasil é, desde 2008, o maior consumidor de pesticidas do mundo, o que levou o jornal francês Le Monde a chamar, em tom irônico, os pesticidas de o “tempero preferido” dos brasileiros.
São permitidos para uso nas lavouras brasileiras 434 ingredientes ativos de agrotóxicos. Entre os 50 mais utilizados, 22 são proibidos em países europeus. Entraves políticos e jurídicos são os principais fatores para que substâncias perigosas continuem a ser empregadas nas plantações do Brasil.
Em 2008, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) passou a reavaliar o uso de 14 substâncias, utilizadas na fabricação de mais de 200 agrotóxicos. Segundo avaliações internacionais, elas podem causar câncer, má formação fetal, problemas pulmonares e distúrbios hormonais.
Dessas 14 substâncias, até agora apenas cinco foram banidas (cihexatina, endossulfam, forato, metamidofós e triclorfom), e duas foram mantidas no mercado, mas com restrições de uso (acefato e fosmete).
“Poucas foram proibidas porque a indústria do agrotóxico, o Ministério da Agricultura e os fazendeiros fazem pressão para o processo de revisão não andar”, critica Wanderlei Pignati, pesquisador da Universidade Federal de Mato Grosso. “Fabricantes de alguns produtos entraram na Justiça e conseguiram liminares para parar a análise.”
Eu
tolo ovelha.
paulo borges
O problema é que você sempre para de ler no primeiro parágrafo, (se é que lê algo), e ainda quer comentar o artigo. Carros também são produzidos no Brasil e também são importados.
paulo borges
Acho didícil comentar um artigo cuja leitura parou no primeiro parágrafo
Eugenio Telli
Boa noite…
Por favor, onde está publicada a lista dos 14 produtos proibidos? Podem publica-la?
sugiro também a substituição do termo agrotóxico – por agroquimico, estes produtos são utilizados para controles de doenças, pragas e ervas invasoras nas lavouras do mundo e claro no alimento que praticamente todos comemos, estes produtos são produzidos e registrados no Brasil, sendo que a maiora deles é produzida aqui em seu ciclo completo.
att
Eugenio Telli
Walter Regis
Sr. Eugenio sugiro pesquisar na ANVISA
Segue materia publicada no portal http://www.dw.com
Uma lista extensa de agrotóxicos utilizados na agricultura brasileira é proibida na União Europeia (UE) e nos Estados Unidos. Além disso, o Brasil é, desde 2008, o maior consumidor de pesticidas do mundo, o que levou o jornal francês Le Monde a chamar, em tom irônico, os pesticidas de o “tempero preferido” dos brasileiros.
São permitidos para uso nas lavouras brasileiras 434 ingredientes ativos de agrotóxicos. Entre os 50 mais utilizados, 22 são proibidos em países europeus. Entraves políticos e jurídicos são os principais fatores para que substâncias perigosas continuem a ser empregadas nas plantações do Brasil.
Em 2008, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) passou a reavaliar o uso de 14 substâncias, utilizadas na fabricação de mais de 200 agrotóxicos. Segundo avaliações internacionais, elas podem causar câncer, má formação fetal, problemas pulmonares e distúrbios hormonais.
Dessas 14 substâncias, até agora apenas cinco foram banidas (cihexatina, endossulfam, forato, metamidofós e triclorfom), e duas foram mantidas no mercado, mas com restrições de uso (acefato e fosmete).
“Poucas foram proibidas porque a indústria do agrotóxico, o Ministério da Agricultura e os fazendeiros fazem pressão para o processo de revisão não andar”, critica Wanderlei Pignati, pesquisador da Universidade Federal de Mato Grosso. “Fabricantes de alguns produtos entraram na Justiça e conseguiram liminares para parar a análise.”
José Luis
O mais grave não foi citado O FLÚOR NAS ÁGUAS.
Era o veneno dos NAZISTAS, HOJE UTILIZADO PARA MANTER O POVO DÓCEIS, PORÉM CAUSA INÚMEROS males e doenças
Atinge milhões de pessoas direta e indiretamente
🙁
Tiago dos Santos Fioravanti
O fluoreto é um resíduo de descarte das fábricas de panelas de alumínio.
É uma maneira boa de vender algo que seria caro jogar fora de forma correta, assim penso.
Muitos não são corretos no descarte, liberando isso e muitos outros materiais em rios e mares, contaminando os frutos marinhos e o sal que todos usam.
O alumínio das panelas está relacionado a doenças como mal de Parkinson.
Eu filtro a água na casa inteira.
Tirando o flúor, ainda tem os agrotóxicos que contaminam o lençol freático, mares, grãos, frangos, bois, etc.
Eu procuro me afastar disso tudo.
O fato é que essas coisas adoecem as pessoas, mas ninguém parece querer abrir mão das vendas.
A maioria dos políticos no Poder Executivo possuem bens como fazendas e/ou empresas, o que nos sugerem entender a permissividade legal de substâncias nocivas no mercado.
Alguns consideram o custo benefício, mas não é suficiente para gerar a qualidade de vida que gostaríamos de ter a longo prazo na saúde.
Júlia Reina
Se fizermos um abaixo assinado adiantaria?
ilda
vamos em frente
eu acho que esse é o caminho abaixo assinado
Tiago dos Santos Fioravanti
Não funciona. É melhor formar grupos socializados e conectados, para sanar a necessidade, sem depender do mercado.
Iniciei isso em casa e só compro de locais isentos de veneno, senão, planto em casa. Isso me gerou uma economia que usarei para estudar o cultivo de orgânicos e de adquirir um terreno, para continuar com a atividade e nunca mais precisar comprar um alimento envenenado na vida.
Dando certo, comercializo para todos.
Estou devagar por fazer isso empiricamente.
Já tenho cultivares que superaram as pragas, felizmente, mas ainda é pouco para comemorar cedo. Demanda um pouco de tempo.
Cansei de esperar eles. 😀
A dica que dou mais viável para todos é evitar mercados grandes, com produtores grandes e recorrer aos pequenos produtores que usam meios orgânicos ou próximos disso, sempre tentando cultivar algo em casa.
Infelizmente, os pequenos produtores costumam cobrar um pouco mais, por falta de recursos, mas não fazem por mal. Aceito dicas e críticas focadas no projeto de cultura orgânica, bem como perguntas a esse respeito. Email e facebook: tiago.fioravanti@yahoo.com.br
Paulo Pantel
Infelizmente no Brasil as empresas químicas mundiais estendem seus tentaculos aqui e aqui é um grande campo para se ganhar dinheiro , algumas empresas produzem as sementes , os defensivos químicos e depois os remédios que voce utilizara para o resto da vida para controlar sua saúde, é um verdadeiro ciclo vicioso, com anuência das universidades e agronomos que só aprendem está prática, infelizmente se aprende pouco ou poucos agronomos tem interesse na agricultura organica, uma solução seria as hortas urbanas e periurbanas feitas pela comunidade para pelo menos aliviar um pouco o uso de alimentos contaminados, e muitas vezes o produtor além de não ter conhecimento e iludido por quem quer vender os defensivos. Existe uma preocupação da FAO para que se diminua o uso destes defensivos no mundo e principalmente nos países em desenvolvimento que são grandes produtores de matéria prima para o uso na alimentação.
fatima
preocupação da FAO? Ela é presidida pelo senhor do Fome Zero. O presidente da FAO é brasileiro. Ele está super preocupado com isso.
Marcos Leal
Olá Jéssica Miwa, gostei muito do post. Sou produtor de orgânicos e estou começando um blog a respeito do tema. Se me permite usarei uma parte de sua notícia. Claro que referenciando ela a você.
Li os comentários acima, dei muita risada dos contrários. Mas como diz Mario Serio Cortella “De nada adianta um bom conselho para quem não quer escutar – Àqueles que sofrem de surdez seletiva, ou seja, que não acham necessário fazer o que é certo, o ensino se torna inútil. Ou, como escreveu o alemão Johann Wolfgang von Goethe, em ‘Fausto’: ‘morre o dizer sagaz na orelha dura’.
Margarida Helena
Perfeita sua colocação! A turma do contra não vai acordar, nem quando adoecer( do corpo, pois o bom senso já foi). Perfeito o esclarecimento do Walter Regis acima, nos situando com dados fidedignos sobre o envenenamento que nos atinge.. e o achado contundente que Jéssica mencionou sobre o produto tóxico no leite materno.
heliane
O que você acha da utilização de dicloro isocianurato de sódio, sendo usado diretamente na água bruta, cheia de sedimentos orgânicos, sem nenhuma preocupação com Floculação, Decantação e Filtração, para evitar os subprodutos cancerígenos. THMs.
Leandro
Não tenho ideia do que isso seja mas vc poderia me explicar?
Arthur
O Brasil tem q ser inserido em orgaos internacionaos de controle de agrotóxicos e tbm usar a mesma jurisprudência que baniu o uso da amianto para os casos de agrotoxicos radicais em nome da saude pública.
aparecido
Nossos governantes estão querendo fazer um genocídio…vê se tem cabimento autorizarem algo que proibido no resto do mundo porque resulta em CÂNCER comprovadamente isso é só um dos males entre muitos outros…fala para eles que também tem camará de gás, fuzilamento, eletrocutores e muitos mais… agora matar com agrotóxicos é golpe baixo…
Max Müller
Talvez o Brasil seja o Estado que mais odeia a vida como um todo. Inacreditável como as decisões políticas e económicas são tomadas contra a vida, nesse país!
Produtor rural
Ambientalistas, produzam seus próprios alimentos e deixe nós agricultores trabalharmos em paz. Se vocês tem conhecimento para julgar, tem para produzir. Vão em frente. Boa sorte.
paulo borges
Seu trabalho é nos envenenar todos os dias? Pare de usar substâncias tóxicas que a coisa muda. Aliás não é qualquer agricultor que utiliza venenos proibidos pelo planeta, apenas os irresponsáveis. Por isso compro meus alimentos na feira do MST.
Cleuza Savegnago Peres
É com dor na minha alma que escrevo aqui porque sou brasileira, infelizmente o Brasil não é um país sério como bem disse Charles de Gaulle. Tudo aí tem seu preço não importa o rasto de destruição que deixa pelo caminho. Estive aí com uns alunos, futuros profissionais na área da agricultura… quando descubro que os professores vem todos da indústria de adubos, pesticidas…..eles todos convencidos que os produtos transformados geneticamente são o melhor do mundo…que os pesticidas está tudo muito bem controlado, na mais perfeita ordem e nada os convence ao contrário, portanto, se na Europa temos problemas com pesticidas etc imagina no Brasil que é terra de ninguém.
Gustavo Novais Silveira
Olá cara Senhora, gostaria de lhe pedir mais informações sobre agroxticos pq eu sou um estudante lindo e maravilhoso e preciso de informações de agrotóxicos para meu trabalho
Obrigado.
paulo borges
Seu trabalho é nos envenenar todos os dias? Pare de usar substâncias tóxicas que a coisa muda. Aliás não é qualquer agricultor que utiliza venenos proibidos pelo planeta, apenas os irresponsáveis. Por isso compro meus alimentos na feira do MST.