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Segundo os dados do estudo anual da Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA), o país encerrou 2019 com 2.485 Megawatts (MW) instalados em grandes usinas solares.
O Brasil é um dos países com maior incidência de raios solares no mundo, fonte de energia verde que a cada ano vem sendo mais utilizada para a geração elétrica através de placas fotovoltaicas.
Desde 2013, quando a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) incluiu a participação da energia solar nos leilões de energia, a fonte segue ganhando espaço na matriz elétrica do país.
Após ultrapassar a potência instalada de energia nuclear, em março de 2019, as usinas solares ocupam hoje a 7ª posição no ranking das maiores geradoras de energia do Brasil.
Quando somada à capacidade instalada de geração distribuída, que são as micros e miniusinas instaladas por consumidores, a fonte também já supera o carvão na produção elétrica nacional.
A principal razão para o crescimento da tecnologia é a contínua queda dos seus preços, tanto nos projetos centralizados como para quem busca instalar um painel solar no telhado.
Segundo os dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), o preço médio do Megawatt-hora (MWh) da fotovoltaica nos leilões de energia caiu mais de 80% entre 2013 e 2019.
Com isso, hoje as placas solares se transformaram na forma mais barata para geração elétrica, no Brasil e no mundo, razão pela qual a tecnologia se tornou líder na expansão mundial das fontes de energia limpa.
Embora represente apenas 1,6% da matriz elétrica brasileira, as previsões oficiais indicam que a fonte caminha para a liderança do setor elétrico nacional nos próximos anos.
De acordo com o último Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE) do Ministério de Minas e Energia (MME), até 2029 o país já deve somar 15 Gigawatts (GW) de usinas solares.
Geração Distribuída
Mas, hoje, a maior força de expansão da energia solar no Brasil vem dos próprios consumidores, que seguem investindo nos sistemas de energia para reduzir e blindar as suas contas de luz.
Oito anos após a Aneel promulgar as regras do segmento de Geração Distribuída, o número de instalações seguiu um crescimento vertiginoso e já engloba mais de 263 mil estabelecimentos.
Na potência instalada acumulada, os telhados solares já passam de 3,1 GW e somam mais que os grandes projetos de usinas centralizadas.
Impulsionada por dezenas de linhas de financiamento disponíveis, a aquisição dos sistemas está mais acessível e, em alguns casos, permite quitar a parcela com a economia obtida na conta.
Com mais de 25 anos de vida útil e outras vantagens, os painéis solares se tornaram a escolha de mais de 99% dos brasileiros que geram sua própria energia.