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A refugiada Anayinsi Sumoza veio para o Brasil com um único objetivo: salvar a vida de seu filho, Gadiel Isaac. Com 2 anos de idade, o menino tinha um tumor raro no rosto e a situação precária do sistema de saúde na Venezuela, devido à crise – que já é considerada o maior conflito humanitário da América Latina -, tornou insustentável continuar seu tratamento de saúde por lá.
Ao chegar em Pacaraima, cidade do norte do Brasil que faz fronteira com a Venezuela, no entanto, a mãe teve uma surpresa: a região também não tinha condições de oferecer o tratamento necessário a Gadiel e as altas temperaturas locais ainda faziam piorar sua condição de saúde.
A ajuda veio por meio da organização humanitária Refúgio 343, que atua na reinserção socioeconômica de famílias de refugiados e migrantes venezuelanos no Brasil. Em parceria com a ONG Fraternidade sem Fronteiras, em 15 dias, eles garantiram que a família de Gadiel viajasse para São Paulo para ele receber o tratamento de saúde que precisava.
A voluntária Viviane Albuquerque acolheu mãe, padrasto e filho na cidade de Barretos, onde fica o Hospital de Amor, referência na América Latina para o tratamento de câncer. Um ano depois, Gadiel realizou sua última quimioterapia e teve alta do hospital. Hoje, a família vive bem no município, onde o padrasto de Gadiel, José Carlos, conseguiu inclusive uma oportunidade de emprego na indústria local.
Assim como a família de Gadiel, milhares de outras famílias de migrantes e refugiados venezuelanos enfrentam uma situação de extrema vulnerabilidade no norte do país, à espera de uma oportunidade de recomeçar suas vidas. Com a ajuda de voluntários, o Refúgio 343 garante lares e recomeços a essas famílias no Brasil. Mais de mil pessoas já foram interiorizadas para diferentes regiões do país, onde recebem suporte com emprego, saúde e educação. Uma nova oportunidade a quem perdeu tudo na Venezuela!
Fotos: Reprodução/Instagram