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Na última grande crise econômica de 2008, mais uma vez, testemunhamos como a ganância e os erros das pessoas que estão no poder podem impactar o mundo. Cansado disso, Satoshi Nakamoto (nome fictício, ainda não sabemos sua verdadeira identidade) criou um sistema econômico que tem mínima interferência humana, o Bitcoin (que até hoje prospera).
O que Satoshi talvez não soubesse, é que sua criação não só se aplicaria a sistemas econômicos como também a qualquer situação em que temos um problema de confiança. Ora, humanos não erram somente dando canetadas na economia, estamos factíveis a erros e corrupção, isso é um fato consumado. Mas não estou aqui para falar de bitcoin, a moeda digital, e sim da tecnologia que a sustenta, o blockchain.
Já pararam para pensar o motivo de precisarmos de cartórios, bancos ou um governo forte? Confiança. Essas entidades são o elo de confiança nos seus nichos. O blockchain está aí para resolver nosso milenar problema de confiança. Ou seja, nos permite liberdade total para vivermos em uma sociedade mais conectada, um pouco mais independente de grandes corporações.
O blockchain consiste em um grande banco de dados descentralizado, ou seja, que não está nas mãos do governo, do Facebook, do Google, de instituições financeiras… Um banco de dados criado e sustentado por todas as pessoas que dele participam. Para incluir um novo registro é preciso que mais da metade das pessoas que fazem parte da iniciativa concordem que aquele registro é legal (processo feito por modelos matemáticos, não por políticos ou CEOs). Saiba mais aqui.
Estamos vivendo um momento ímpar na sociedade, em que as novas gerações não querem e não concordam com o modelo insustentável de escassez adotado pelas gerações passadas. A tecnologia está ajudando muito nisso. Pense no UBER, que balançou um sistema praticamente imutável em todo o mundo a partir da tecnologia. Agora, o processo cresceu e envolve uma grande empresa no meio da relação entre você e o motorista, mas com o blockchain não precisaríamos da empresa, seria um contrato entre você e o motorista diretamente. Podemos aplicar a mesma lógica em “n” situações: artistas sem gravadora vendendo músicas ou ainda registros sem a necessidade de cartórios. Enfim, não é possível imaginar tudo.
Outro ponto interessante é que podemos controlar com transparência toda uma cadeia de produção. Ter a certeza da origem e destino de um diamante ou criar fazendas inteligentes para evitar desperdícios. De novo, é impossível prever as possibilidades. Quando a internet comercial surgiu no começo dos anos 90, alguém imaginava que uma pequena empresa iria bater de frente com todos os hotéis do mundo, como a Airbnb fez? Pois é, o blockchain ainda está embrionário, mas existe e está ai para aproveitarmos!
E aí, tem alguma ideia?
Texto escrito por Alexandre Akel.
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