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O documentário de Gabriela Cowperthwaite, muito aclamado pela crítica, conta a história da orca Tilikum. Mantida em cativeiro por anos e treinada para o show Shamu, ela executava acrobacias e encenações para entreter a plateia. Atrações como esta, com animais treinados apenas para divertir os visitantes, são uma prática comum do SeaWorld. Para isto, inúmeros animais selvagens são capturados e condicionados em espaços inconcebíveis se comparados à sua realidade. Sua liberdade é dizimada de forma injusta e desleal.
A HISTÓRIA
Tilikum matou 3 seres humanos enquanto vivia em cativeiro. Mas qual a razão por trás disso? Sua história é muito triste: ele foi separado de sua família com apenas 2 anos de idade. Privado de explorar o oceano, passou a morar numa piscina dentro do parque americano.
Faça as contas: imagine a maior baleia em cativeiro do mundo, com quase 7 metros de comprimento, morando num tanque retangular de 30 por 15 metros e apenas 10 metros de profundidade. Agora leve em consideração também o fato que orcas, na natureza, mergulham até 300 metros de profundidade! É ainda pior se compararmos a distância que nadariam em liberdade – 160 kilômetros POR DIA -, que corresponde a 1600 vezes o quanto realmente nadam em cativeiro.
Ele era forçado a fazer performances em shows de uma em uma hora, oito vezes ao dia, sete dias por semana. O constante stress e exaustão causaram-lhe até úlceras estomacais. Além disso, o confinamento fazia com que as baleias agredissem umas às outras. Tilikum foi inúmeras vezes atacado por baleias fêmeas dominantes, Haida e Nootka. Por sua vez, direcionava sua agressão em seus treinadores: matou três deles, sendo a última vez em 2010.
O DESFECHO
Em março de 2016, reagindo à pressão causada pelo documentário e grupos de apoio à vida selvagem, o SeaWorld anunciou “o fim do programa de criação de orcas”, o que transforma as baleias atualmente cativas no parque na última geração de orcas sob exploração humana.
Após 33 anos em cativeiro, Tilikum finalmente encontrou a liberdade em sua morte, que ocorreu em janeiro de 2017 devido à uma infecção respiratória. Entretanto, ainda há 22 orcas aprisionadas no parque aquático, sujeitas a stress e abusos constantes.
Veja o artigo original que inspirou Gabriela Cowperthwaite a escrever o documentário aqui.
A seguir, confira o trailer de Blackfish.
Foto: Jo-Anne McArthur/We Animals