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Methylopila oligotropha é o nome da bactéria que promete revolucionar a indústria do Brasil e do mundo ao oferecer uma solução sustentável para o plástico elastômetro e o termoplástico, ambos feitos com petróleo. Tratam-se de materiais extremamente populares na indústria por serem flexíveis e, portanto, de fácil moldagem e transformação, mas também bastante poluentes para o meio ambiente.
Com a descoberta de pesquisadores do Programa de Pós-Graduação Interunidades em Biotecnologia da USP, coordenados pela professora Elen Aquino Perpétuo, esse impacto ambiental negativo pode estar com os dias contados.
Eles encontraram nas águas do mangue da Baixada Santista, no litoral de São Paulo, a bactéria Methylopila oligotropha que, para gerar energia para si mesma, produz poli-hidroxialcanoatos – material que, quando combinado com outras biosubstâncias, como o metanol, dá origem a uma espécie de plástico biodegradável que pode ser usado como substituto do elastômetro e do termoplástico.
Testes para o desenvolvimento desse bioplástico já foram feitos – com sucesso! – e agora os pesquisadores buscam maneiras sustentáveis de produzir o material em larga escala para que, de fato, possa ser uma alternativa para a indústria.
De todo o jeito, eles alertam: a mudança só vai acontecer se o Brasil adotar políticas públicas que incentivem o fim ou, pelo menos, a diminuição do uso de plásticos convencionais, derivados do petróleo, como já fez, por exemplo, a Alemanha em 2021.
E aí, Brasil?