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Seja em casas, empresas, carros ou aviões, os painéis solares seguem se consolidando a cada ano como uma alternativa segura, sustentável e econômica para obtenção de energia elétrica.
O mais novo marco da tecnologia veio neste mês de julho, quando a aeronave Zephyr S, da empresa Airbus, bateu o recorde mundial de voo não tripulado mais longo da história utilizando apenas energia solar.
Já são quase 30 dias ininterruptos de viagem, segundo os dados de rastreamento de voo da aeronave, que foi de um campo de teste no Arizona, nos EUA, até Belize, na América Central, e agora retorna ao ponto de partida.
Para isso, o Zephyr S utiliza como “combustível” apenas a luz do sol, captada e convertida em eletricidade por meio das centenas de células fotovoltaicas (as mesmas encontradas em uma placa solar tradicional) instaladas no corpo da aeronave, que também conta com baterias para armazenar a energia que é utilizada durante a noite ou em momentos de baixa luminosidade.
Desta maneira, o Zephyr S consegue manter seu voo de forma ininterrupta, feito em grandes altitudes para evitar o tráfego aéreo comercial e o clima adverso.
Segundo um porta-voz do exército dos EUA, os mais recentes voos da aeronave têm como objetivo “testar a capacidade de armazenamento de energia do UAV, a longevidade da bateria, a eficiência do painel de energia solar e as capacidades de manutenção de rota”.
No futuro, o Zephyr S poderá ser utilizado para fornecer imagens da Terra como se fosse um satélite, mas sem a limitação de ter que orbitar nosso planeta, podendo permanecer em uma mesma localização para fornecer atualizações constantes.
Embora a aeronave da Airbus tenha alcançado esse novo recorde, ela não é a primeira a utilizar a energia renovável do sol como fonte de eletricidade. Em 2016, o Solar Impulse, tripulado pelos suíços Bertrand Piccard e André Borschberg, fez história ao se tornar o primeiro avião a dar a volta ao mundo movido exclusivamente por energia solar.