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Assusta, mas é o que diz estudo realizado recentemente pelo Laboratório de Resíduos de Pesticidas do Instituto Biológico de São Paulo, a pedido do Greenpeace. Mais de 50% das bananas, mamões, laranjas, tomates, pimentões, couves e sacos de arroz, feijão e café que estão à venda para os consumidores brasileiros provavelmente estão contaminados por agrotóxicos proibidos no Brasil ou, ainda, possuem essas substâncias em quantidade superior à permitida pela legislação.
A pesquisa analisou 113 quilos de alimentos, provenientes de centrais de abastecimento de São Paulo e Brasília. Cada tipo de alimento foi dividido em grupos diferentes para avaliação. O resultado? 60% das amostras possuíam vestígios de uso ilegal de agrotóxicos.
Abaixo alguns dos resultados mais surpreendentemente assustadores:
• Cerca de 20 amostras de cada alimento possuíam mais de um tipo de agrotóxico, o que segundo os especialistas gera o chamado “efeito coquetel”, extremamente nocivo à saúde.
• Parte das amostras de pimentão apresentaram 7 (!) tipos de agrotóxicos diferentes, sendo três deles proibidos no Brasil para este tipo de alimento.
• Das amostras de mamão estudadas, apenas uma (!) não estava contaminada. Duas continham procloraz, um pesticida banido no Brasil para qualquer tipo de alimento, e outra possuía resíduos de difenoconazol em concentração nove (!) vezes maior do que as permitidas.
• Em amostras de tomate e couve, foram encontrados vestígios de inseticidas do grupo químico dos organofosforados. Segundo especialistas, estas substâncias são tão nocivas à saúde que são, inclusive, usadas por suicidas (!).
Assustador, não? O estudo alerta ainda que os prejuízos à saúde causados por essas substâncias são maiores para os agricultores rurais que lidam diretamente com elas. No entanto, todos nós, consumidores diários desses alimentos, estamos sujeitos aos malefícios dos agrotóxicos, sendo que, quanto mais tempo passamos expostos a eles, mais mal estão nos fazendo.
Colocamos veneno no prato todos os dias! Até quando?
1 Comment
Creide
e em Curitiba, no Paraná, como estão os alimentos? Não tem pesquisa?