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Um grupo de quatro alunos da Escola Dario Gomes de Lima, na cidade de Flores, em Pernambuco, desenvolveu um projeto que visa combater o caruncho, uma traça que degrada grãos, muito comum em plantações do Nordeste do Brasil. Na agricultura de subsistência, o ataque de pragas causa muitos problemas. Uma das mais conhecidas e agressivas na região Nordeste é o caruncho, que perfura os grãos e os destrói. A equipe pesquisou o uso do óleo do coco catolé como inseticida natural e a viabilidade de produzi-lo a partir de um método artesanal, acessível às famílias da região.
O projeto de nome Carun-XÔ é composto pela produção de um óleo retirado do coco catolé, muito comum na região. Esse óleo tem um potencial inseticida e é aplicado nos frutos na etapa de pré-armazenamento. Dessa forma, ele impede o surgimento do caruncho e evita a perda do alimento. Consequentemente, o projeto contribui para a redução da fome e do desperdício. Além de contribuir para que não haja aumento no preço do alimento para a renda das famílias locais.
A solução ficou em terceiro lugar na 8ª edição do Solve For Tomorrow no Brasil, realizada pela Samsung. “Recebemos o prêmio com muita emoção. Não apenas os alunos, mas toda a população local. A escola fica situada em um distrito de 5 mil habitantes e é muito próxima da comunidade, então estavam todos assistindo à premiação e se emocionando com a gente. O sentimento é de dever cumprido, mas continua a ambição de seguir na pesquisa até que o projeto esteja funcionando ativamente na realidade dos agricultores”, conta Gustavo Santos Bezerra, professor de Ciências da Natureza e orientador do grupo.
Assista, abaixo, ao vídeo produzido pelos estudantes, que explica a pesquisa, projeto e solução em detalhes.