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Considerada a segunda maior favela de São Paulo, com mais de 100 mil habitantes, Paraisópolis é também uma das regiões da capital paulista que mais sofre com a fome – ainda mais neste momento de pandemia.
Quase 70% da população que vive em comunidades como essa se encontra em situação de insegurança alimentar: ou seja, não sabe se terá o que comer no dia seguinte. Os dados são de pesquisa do Instituto Data Favela.
Combater essa situação é o objetivo do projeto AgroFavela, que desde outubro de 2020 mantém uma horta de 900 m² dentro de Paraisópolis, a fim de oferecer alimentos frescos e saudáveis aos moradores da região.
Além de canteiros, o espaço conta com horta vertical já equipada com sistema hidropônico – que garante o cultivo de plantas sem a presença de solo -, capazes de garantir o cultivo de 60 diferentes tipos de hortaliças e frutas. Tudo oferecido de forma gratuita à população!
O projeto ainda conscientiza os moradores sobre formas de evitar o desperdício de alimentos e oferece sobretudo às mulheres da região capacitação técnica como “fazendeiras urbanas”, a fim de fomentar o empoderamento feminino e oferecer uma nova oportunidade de renda. Além de uma série de treinamentos, as alunas recebem material próprio para que estejam aptas a plantar em casa.
O sucesso da iniciativa foi tanto que o AgroFavela já implementou sua segunda horta vertical em São Paulo: dessa vez, em Heliópolis, considerada a maior favela da capital paulista. E não para por aí: os planos são de replicar o projeto em mil comunidades por todo o país, em parceria com a G10 Favelas, organização que atua no fomento a iniciativas de empreendedorismo e impacto social nas favelas do Brasil.
Incrível! Por um Brasil com cada vez mais hortas e menos fome!
