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As marcas de uma violência doméstica podem ficar para sempre em suas vítimas. Algumas dessas cicatrizes, no entanto, estão sendo transformadas em arte pela tatuadora Flavia Carvalho.
Moradora de Curitiba, ela possui um estúdio na cidade e há algum tempo está atendendo, gratuitamente, mulheres que foram vítimas de violência doméstica. A ideia é empoderá-las por meio da tatuagem, ao transformar suas cicatrizes em uma marca que elas mesmas escolheram fazer no corpo.
Batizado de A Pele da Flor, o projeto surgiu há cerca de dois anos, quando Flavia foi procurada por uma cliente para cobrir uma cicatriz que tinha na barriga. Conversa vai, conversa bem, no meio da sessão, a tatuadora descobriu que a marca foi feita por um homem, que agrediu a mulher em uma boate, após ela se recusar a ficar com ele.
Desde então, Flavia vestiu a camisa do combate à violência contra a mulher e já ajudou centenas de vítimas do problema – não só do Paraná, mas de outros Estados, como Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro, Recife, Pará e Rondônia. E mais: mulheres que passaram por mastectomia também são contempladas pelo projeto. Boa ideia para servir de inspiração para outros tatuadores, não?
Foto: Divulgação/A Pele da Flor