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No Canadá, é comum que jovens deixem o país, após terminar o Ensino Médio, para fazer trabalho voluntário antes de cursar o Ensino Superior. Mas a atitude de Melina Cardinal surpreendeu a todos.
Aos 19 anos, ela veio para o Brasil trabalhar na ONG Uerê, projeto educacional que capacita crianças e adolescentes de comunidades carentes do Rio de Janeiro. A menina, no entanto, não estava satisfeita com o trabalho que estava desempenhando. Queria mais. E fez!
Por conta própria, ela iniciou outro trabalho voluntário: ensinar inglês para moradores em situação de rua que moram no centro do Rio de Janeiro – mais especificamente na Rua Gomes Freire, no bairro da Lapa.
Por meses, Melina ia ao local, religiosamente, três vezes por semana ensinar o idioma a quem estivesse disposto a aprender. Cores, animais e frutas foram algumas das lições dadas pela professora, que muitas vezes antes das aulas oferecia um lanche aos estudantes. Afinal, aprender de barriga cheia é muito melhor, né?
Iogurte, pão de forma, manteiga, mortadela e suco estavam no cardápio. Tudo comprado com a ajuda dos amigos canadenses, que aderiram a campanha de crowdfunding que Melina promoveu nas redes sociais para conseguir viabilizar seu projeto.
Meses depois, a jovem retornou ao Quebec, no Canadá, para cursar Direito, mas já tem data marcada para voltar ao Brasil e continuar ajudando os sem-teto como pode: julho de 2016. Questionada se acredita que, de fato, conseguiu ensinar inglês aos moradores em situação de rua, ela tem a resposta na ponta da língua. “Isso é o menos importante. Minha intenção sempre foi reforçar a autoestima deles. Mostrar que são capazes de aprender coisas novas. Que eles dormem no chão, mas não são lixo, como muitos pensam”, disse ao jornal O Globo. Assista à reportagem na íntegra.
Mais do que aulas de inglês, Melina deu uma verdadeira lição de cidadania (a todos nós)!
Foto: Reprodução/Márcia Foletto/O Globo
1 Comment
Roberta Kika
Acho que tá na índole dos canadenses.
Aqui em Santos-SP tem outro fazendo história, foi reeleito com 25 mil votos, a maior votação da história, o equivalente a 11% dos eleitores ficando na frente até dos candidatos a prefeito.