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Eles são responsáveis por cultivar os alimentos que chegam às nossas mesas, mas vivem em condições extremamente precárias: 44% da população rural da América Latina se encontra em situação de pobreza. E mais: 28% estão em condições de extrema pobreza. Chega a ser irônico, não? Produzir e passar fome!
Os dados são da FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura), que aposta em programas de proteção social e desenvolvimento do campo para melhorar a situação. Segundo eles, a agricultura familiar oferece 60 milhões de postos de trabalho na região, mas concentra altos índices de miséria.
“Brasil e Chile demonstram que este setor (pequena agricultura) tem um enorme potencial inexplorado e que, com as políticas corretas, a agricultura familiar passará a ser parte da solução do problema da fome, em vez de ser parte do problema”, explicou o representante regional da FAO, Raúl Benítez.
Entre as propostas para mudança de cenário, estão melhorias nas condições de trabalho, fortalecimento de redes de abastecimento público e comércio, que adquirem produtos da agricultura familiar, e a associação entre as cadeias de pequenos produtores e programas de alimentação escolar.
“Devemos impedir que quem produz nossos alimentos esteja entre os que mais sofrem fome e pobreza na América Latina”, destacou Benítez.