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“Eu já passei 24 horas em uma mina. Cheguei numa manhã e só sai na manhã seguinte. Até minhas necessidades tive que fazer lá embaixo, nos túneis.” O depoimento é de Paul, um menino de 14 anos, órfão, que trabalha desde os 12 em uma das dezenas de minas de cobalto localizadas no sul do Congo.
Segundo a Unicef, milhares de pessoas trabalham com a atividade na região, em condições análogas à escravidão. Entre elas, cerca de 40 mil crianças – a partir dos sete (!) anos de idade. A jornada de trabalho, de no mínino 12 horas, rende entre US$ 1 e US$ 2 por dia aos pequenos, que operam sem máscaras ou luvas, em um calor intenso, carregando pesadas cargas e ainda sofrendo constantes agressões físicas, extorsões e intimidações dos ‘patrões’.
Ficou chocado? Pois tem mais! De acordo com o relatório This Is What We Die For: human rights abuses in the Democratic Republic of the Congo power the global trade in cobalt, da ONG Amnesty International, 16 empresas multinacionais – que, inclusive, se dizem contra o trabalho escravo infantil – compram cobalto proveniente dessas minas para fabricar seus equipamentos eletrônicos – como smartphones, computadores, tablets e baterias.
Curioso para saber que empresas são essas? Confira abaixo!
1. APPLE
2. SAMSUNG
3. LG
4. SONY
5. ATL
6. BYD
7. MERCEDES (DAIMLER)
8. VW
9. DELL
10. HP
11. HUAWEI
12. LENOVO (MOTOROLA)
13. MICROSOFT
14. VODAFONE
15. ZTE
16. OKWAP (INVENTEC)
Precisa ver para crer? Assista, abaixo, ao vídeo divulgado pela ONG junto com o relatório. A prova viva de que sim, em pleno século 21, a escravidão ainda faz vítimas. E não são poucas. 🙁
Foto: Amnesty International/Divulgação
2 Comments
Shaul
Você esqueceu de Mencionar o maior comprador…! Nós
ana lagoa
não deixar de ver A faiticeira da guerra.
Nós dificilmente nos livraremos de ter pelo menos um desses equipamentos, mesmo que os odiemos.
Mas podemos cuidar para que não seja necessário trocar toda hora, quer porque quebram, quer por modismo.